Vibe coding: conceito e origem
O termo vibe coding ganhou força após um tweet publicado em fevereiro de 2025 pelo ex-cofundador da OpenAI, Andrej Karpathy. Desde então, a expressão passou a representar um novo modo de desenvolvimento de software apoiado por modelos de linguagem de larga escala (LLMs).
Andrej Karpathy e o tweet de fevereiro de 2025
No post, Karpathy sugeriu abandonar o teclado tradicional e delegar o trabalho pesado ao sistema de IA. A proposta é simples: o desenvolvedor descreve em linguagem natural o que deseja, recebe o código sugerido e repete o ciclo de revisão até que o resultado atenda às necessidades do projeto. O processo foi resumido por Karpathy como “sem pensamentos, apenas vibes”.
Como funciona o vibe coding
A dinâmica parte de cinco etapas principais:
1. Definição clara do objetivo do software.
2. Envio de instruções de alto nível para o chatbot.
3. Geração automática do código-fonte.
4. Revisão, testes e ajustes indicados pelo usuário.
5. Reiteração contínua até a versão final.
Na prática, o programador assume um papel de curador, validando a produção da IA e solicitando melhorias. Defensores apontam ganho de velocidade e acesso democratizado à programação. Críticos lembram que o código gerado pode ser difícil de manter, imprevisível e, em alguns casos, incompreensível para quem precisa dar suporte futuro.
Ferramentas de IA para começar no vibe coding
Qualquer LLM moderno é capaz de auxiliar na escrita de código. A seguir, sete opções citadas com frequência por quem adota a técnica.
Claude Code
Versão do chatbot da Anthropic otimizada para desenvolvimento. Funciona diretamente em ambientes integrados de desenvolvimento (IDEs) como o VS Code, edita múltiplos arquivos simultaneamente e só altera trechos após confirmação explícita do usuário.
GPT-5
Lançado em 7 de agosto de 2025 pela OpenAI, o modelo trouxe avanços em “agentic coding”, nome técnico para geração de código via comandos em linguagem natural. Durante a demonstração oficial, a empresa exibiu aplicativos completos produzidos sem digitação manual, recurso valorizado por quem está começando.
Cursor
IDE com chatbot integrado. Permite solicitar mudanças, visualiza de forma transparente cada modificação e inclui correções automáticas de bugs. Bibliotecas externas podem ser importadas para facilitar a documentação de projetos complexos.

Imagem: mashable.com
Lovable
Ferramenta centrada em prompts. Oferece integrações com APIs da OpenAI, Anthropic e GitHub, além de importar trechos de código. A proposta é priorizar a conversa em linguagem natural, mantendo a estrutura tradicional de IDE em segundo plano.
v0 by Vercel
Indicada para quem deseja gerar aplicações web completas, incluindo interface de usuário. O usuário descreve o que precisa e o sistema devolve um protótipo funcional. Integra-se a serviços como Grok e também aceita chaves de APIs de outros provedores.
Opal (menção honrosa)
Anunciada pelo Google, a plataforma serve como “rodinhas de treinamento” para iniciantes. Ela combina ferramentas internas, como Gemini e Imagen, para criar aplicações simples. Cada passo é exibido em um mapa visual, facilitando a compreensão de fluxos e dependências.
21st.dev (menção honrosa)
Não gera código por si só, mas cria componentes de interface que podem ser exportados e incorporados ao projeto. A abordagem modular ajuda a acelerar o design de botões, menus e painéis, enquanto a lógica é desenvolvida por outro chatbot.
Práticas recomendadas e cuidados
Especialistas sugerem manter cópias de segurança frequentes. Como o sistema pode substituir arquivos sem aviso prévio, backups evitam perda de trabalho. Também é aconselhável revisar cada sugestão de alteração e documentar decisões para reduzir riscos de manutenção futura.
Por que o vibe coding se tornou tendência
A popularidade decorre da combinação de três fatores. Primeiro, a evolução dos LLMs fez disparar a qualidade do código gerado. Segundo, empresas de tecnologia como OpenAI, Anthropic e Google passaram a expor APIs compatíveis com grandes projetos. Terceiro, a escassez de desenvolvedores experientes mantém a procura por métodos que acelerem entregas.
Enquanto a discussão sobre a qualidade do resultado continua, a adoção do vibe coding demonstra que a programação guiada por IA deixou de ser curiosidade para se tornar prática disseminada no mercado.
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