Tempra Turbo: preço de 1995 ajustado à inflação
O Fiat Tempra Turbo, eleito Carro do Ano de 1995 pela revista Quatro Rodas, continua a despertar curiosidade entre entusiastas. Uma questão recorrente é quanto o esportivo custaria hoje depois de quase três décadas, considerando a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Quem foi o Tempra Turbo
Lançado na Itália em 1990 e apresentado ao mercado brasileiro dois anos depois, o Tempra ocupou o topo da linha Fiat logo no início da década de 1990. A versão Turbo chegou em 1994, classificada como modelo 1995.
Desempenho de respeito
Equipado com motor 2.0 de oito válvulas e turbocompressor Garrett T3, o Tempra Turbo entregava 165 cv de potência. A montadora declarava velocidade máxima de 220 km/h; testes jornalísticos da época registraram 213 km/h, marca ainda expressiva para o período.
A aceleração de 0 a 100 km/h em 8,2 s colocava o carro na seleta lista dos mais rápidos do Brasil, superando rivais diretos como o Chevrolet Omega CD.
Itens de conforto inéditos
Além do desempenho, o modelo chamou atenção pelos equipamentos. O ar-condicionado digital programável estava entre os primeiros oferecidos no país. Bancos de couro elétricos com regulagem de altura e apoio lombar, freios ABS e retrovisor interno fotocrômico apareciam como opcionais, reforçando o posicionamento de veículo de luxo nacional.
Quanto custava o Tempra Turbo em 1995
Reportagem da revista Autoesporte de 1994 indicava preço ao redor de US$ 34 000, enquanto outras fontes citavam US$ 40 000 no lançamento. À época, o início do Plano Real equiparava o valor do dólar ao real, simplificando a comparação.
Cálculo da inflação pelo Banco Central
Usando a Calculadora do Cidadão, ferramenta oficial do Banco Central, o valor de R$ 34 000 em 1995 corresponde hoje a R$ 262 494,28. Se considerado o patamar de R$ 40 000, o preço atualizado alcança R$ 466 338,02.

Imagem: Stellantis via olhardigital.com.br
Os números revelam o impacto da inflação acumulada desde a metade da década de 1990 e confirmam que o Tempra Turbo ocupava a faixa de automóveis premium mesmo em valores absolutos atuais.
Peso no bolso do consumidor
A relação entre preço do veículo e renda média amplia a percepção de exclusividade. Em 1995, o salário mínimo era de R$ 100. Portanto, seriam necessários 400 salários mínimos para comprar o Tempra Turbo na configuração mais cara.
Em termos proporcionais, o modelo estava fora do alcance da maioria dos brasileiros, reforçando a imagem de “carro de luxo da Fiat” naquele momento histórico.
Por que o cálculo importa
Revisitar preços de veículos clássicos corrigidos pela inflação ajuda a contextualizar o mercado automotivo brasileiro. No caso do Tempra Turbo, o exercício evidencia como fatores econômicos e tecnológicos colocaram o modelo em patamar seletivo, justificando a legião de fãs que mantém o esportivo na memória coletiva.
Com desempenho expressivo, equipamentos avançados e preço elevado, o Tempra Turbo consolidou-se como um marco para a indústria nacional dos anos 1990, e seu valor atualizado reforça a relevância histórica do automóvel.
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