College Football 26 marca o segundo ano da franquia da EA Sports desde o retorno em 2024 e chega com avaliações mistas após a primeira semana de testes.
O jogo apresenta melhorias em relação ao antecessor, mas ainda carrega deficiências que impedem um salto de qualidade significativo, mantendo a experiência em um patamar apenas satisfatório.
College Football 26: avanços bem-vindos
O principal acréscimo é a volta do futebol americano escolar ao modo Road to Glory (RTG), permitindo que o usuário inicie a carreira nas noites de sexta-feira e conquiste estrelas de recrutamento para atrair bolsas universitárias.
Mesmo simplificado, o recurso devolve ao título uma etapa essencial para acompanhar a trajetória do atleta digital desde o ensino médio até o campus, ampliando o senso de progressão.
Outro avanço relevante é o resgate do banco de dados históricos, agora com registros de campeões nacionais, vencedores de bowls e um salão de troféus que arquiva marcos de temporadas passadas, fortalecendo a imersão dos modos RTG e Dynasty.
Essas estatísticas permitem revisar jogos memoráveis e acompanhar a construção de legados sem recorrer a planilhas externas, algo muito solicitado pela comunidade após College Football 25.
A jogabilidade também recebeu ajuste útil com o sistema de substituições dinâmicas. Um toque no direcional exibe o grupo em campo, possibilitando trocas rápidas de titulares, reservas ou unidades específicas, tudo sem interromper o ritmo da partida.
O mecanismo agiliza decisões estratégicas durante drives e reduz a dependência de menus profundos, tornando a gestão de fadiga e confrontos táticos mais fluida.
College Football 26: limitações que persistem
Apesar do retorno do ensino médio ao RTG, o conteúdo foi encurtado: são apenas quatro jogos fragmentados em lances-chave. O jogador escolhe cenários pré-definidos, como “2-Minute Drill”, e cumpre objetivos para ganhar ou perder reputação.
A abordagem, além de restritiva, apresenta desafios inconsistentes — por exemplo, a missão de correr 50 jardas não reconhece o ganho se a jogada termina em touchdown —, o que compromete a avaliação de desempenho.
Problemas de inteligência artificial também reaparecem. Ao receber handoffs simples, running backs controlados pelo CPU insistem em fugir do espaço aberto e avançar lateralmente, independentemente do nível da equipe, gerando perdas de jardas evitáveis.
Outra crítica recai sobre o treinamento. Tutoriais de passes, leituras de cobertura e execução de RPO estão vinculados exclusivamente ao modo Ultimate Team, que envolve microtransações e pacotes de cartas, obrigando novatos a aprender mecânicas dentro de um ambiente voltado a compras internas.
Por fim, embora o título seja tecnicamente estável, a combinação de recursos reduzidos no ensino médio, IA questionável e dependência de Ultimate Team impede que as melhorias transformem College Football 26 em referência do gênero.
Assim, o lançamento avança em registros históricos, gestão de elenco e introdução de conteúdo escolar, mas continua a enfrentar obstáculos antigos que deverão ser endereçados nas próximas edições.