Rússia continuará operando a ISS até 2028
A agência espacial russa Roscosmos confirmou que permanecerá na operação da Estação Espacial Internacional (ISS) até 2028 em conjunto com a Nasa. A decisão foi anunciada em 31 de maio, durante o primeiro encontro presencial entre dirigentes dos dois programas espaciais desde 2018.
Encontro em Houston reforça cooperação
O diretor-geral da Roscosmos, Dmitri Bakanov, viajou a Houston, Estados Unidos, para reunir-se com o administrador interino da Nasa, Sean Duffy. Segundo Bakanov, o diálogo ocorreu sem impasses e consolidou a prorrogação das atividades conjuntas na ISS.
Além da extensão do acordo, os representantes alinharam metas para a etapa final da estação. O compromisso inclui a desorbitação controlada da ISS até 2030, processo que promete encerrar duas décadas de presença humana contínua no laboratório orbital.
Como será a fase final da ISS
A Roscosmos e a Nasa planejam detalhar, nos próximos anos, a trajetória de saída de órbita e a escolha da área de reentrada da estrutura. O objetivo é garantir segurança para satélites ativos e para regiões habitadas na superfície terrestre.
Até 2028, cada agência continuará responsável por seus módulos, sistemas de suporte à vida, correções de altitude e envio de tripulações. Naves russas Soyuz, utilizadas regularmente para transporte de astronautas, permanecerão integradas ao cronograma de voos.
Planos para novas estações orbitais
No encontro, as duas agências trataram também da cooperação futura em projetos que sucederão a ISS. A Roscosmos planeja lançar o primeiro módulo de sua estação orbital independente em 2027, segundo meta definida pelo presidente Vladimir Putin em outubro de 2023.
A Nasa, por sua vez, avalia parcerias com empresas privadas e organismos internacionais para desenvolver plataformas comerciais em órbita baixa. As equipes técnicas discutem formas de compartilhar conhecimento sobre logística, suporte médico e missões no espaço profundo.
Por que a cooperação persiste apesar de tensões
Embora a Guerra na Ucrânia tenha ampliado sanções ocidentais contra a Rússia desde 2022, o segmento espacial mantém certa autonomia diplomática. Para a Nasa, a participação russa continua estratégica: os propulsores instalados nos módulos russos realizam manobras essenciais para manter a ISS na altitude correta.
Para a Roscosmos, a permanência na estação garante acesso a infraestrutura avançada de pesquisa, financiamentos internacionais e visibilidade em missões tripuladas. A interdependência tecnológica e financeira dificulta rompimentos imediatos, mesmo diante de disputas geopolíticas.

Imagem: uol.com.br
Histórico da Estação Espacial Internacional
A montagem da ISS começou em 1998, em um consórcio que reúne Estados Unidos, Rússia, Europa e Japão. O laboratório orbital comporta seis a sete tripulantes em períodos contínuos, permitindo experimentos em microgravidade e testes de tecnologias para futuras viagens interplanetárias.
A Nasa considera que a estação pode operar com segurança até 2030. O anúncio russo fixa a participação de Moscou até 2028, dois anos antes da meta norte-americana. Na prática, esse calendário exige que todas as agências envolvidas definam rapidamente alternativas para pesquisas em órbita baixa.
Quais são os próximos passos
Nas reuniões técnicas já agendadas, engenheiros dos dois países revisarão calendários de manutenção, cronogramas de lançamentos Soyuz e envios de carga. Também será estabelecido um grupo de trabalho para examinar o procedimento de desorbitação, estimativa de custos e alocação de responsabilidades.
Enquanto isso, empresas privadas nos Estados Unidos aceleram estudos para estações comerciais. Do lado russo, a Roscosmos enfrenta restrições orçamentárias e atrasos causados por casos de corrupção, mas projeta concluir sua própria plataforma até o fim da década.
Impacto para a comunidade científica
Até 2028, pesquisadores continuarão tendo acesso a módulos laboratoriais, janelas de observação e instrumentos de microgravidade. A extensão do acordo preserva linhas de pesquisa em física, biologia e medicina espacial que dependem de séries longas de dados coletados na ISS.
Ao mesmo tempo, a previsão de encerramento em 2030 pressiona universidades e centros de inovação a buscar novos ambientes de teste. Programas de formação de astronautas também precisarão adaptar currículos a cenários com múltiplas estações orbitais operadas por diferentes países e empresas.
Conclusão operacional
Com a decisão anunciada em Houston, Rússia e Estados Unidos garantem estabilidade ao principal laboratório orbital do planeta por mais quatro anos. A medida oferece fôlego para a transição a novas plataformas e mantém aberta uma das poucas frentes de colaboração direta entre os dois países em meio a tensões prolongadas.
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