Maneiras criativas de usar o ChatGPT para muito além da automação
Milhões de pessoas já recorrem ao ChatGPT para redigir e-mails, resumir textos ou gerar códigos simples. No entanto, o chatbot da OpenAI também pode servir como laboratório de ideias, palco de simulações históricas e até companheiro de aventuras literárias. A seguir, conheça nove usos incomuns reunidos pelo jornalista Dave Parrack, que testou cada proposta diretamente na plataforma.
1. Criar uma cidade virtual para experimentos sociais
O usuário pode solicitar ao ChatGPT que descreva uma cidade fictícia, definindo população, economia e infraestrutura. Com o cenário pronto, é possível aplicar decisões hipotéticas — como alterar impostos ou introduzir novas tecnologias — e analisar efeitos sobre moradores e serviços públicos.
2. Explorar cenários “e se” no presente
Ao perguntar, por exemplo, o que ocorreria caso “metade da população mundial desaparecesse subitamente”, o modelo projeta consequências políticas, econômicas e ambientais. A mesma lógica vale para questões reais, como a reunificação das Coreias.
3. Reescrever a História em hipóteses alternativas
O chatbot também avalia desdobramentos de eventos históricos que nunca aconteceram. Entre as possibilidades testadas estão “o Império Romano nunca ter ruído” ou “as Potências do Eixo vencerem a Segunda Guerra Mundial”. O resultado é um texto analítico que percorre décadas imaginárias.
4. Conversar com personagens fictícios
Basta informar “quero falar com Superman” ou “entrevistar Mickey Mouse” para o ChatGPT adotar o papel escolhido. A ferramenta responde sobre motivações, dilemas ou rotinas do personagem, mantendo o tom coerente com a obra de origem.
5. Jogar aventuras de texto interativas
Quem sente falta dos antigos “livros-jogo” pode pedir ao sistema que crie uma história com escolhas de múltiplos caminhos. O usuário decide ações, o modelo descreve consequências e o enredo avança de forma dinâmica, tudo dentro da janela de chat.
6. Gerar personagens para histórias, RPGs ou roteiros
Informando gênero, contexto e traços desejados, o usuário recebe biografia, motivações e até falas prontas. Quanto mais detalhes forem enviados — como “tom humorístico” ou “inspiração em Iron Man” — mais o resultado se adequa ao projeto.
7. Mediar debates e organizar argumentos
Por apresentar razões dos dois lados de um tema, o modelo funciona como árbitro neutro. Parrack testou a discussão sobre investimentos em exploração espacial: a IA listou prós, contras e convergências, ajudando o usuário a esclarecer o próprio posicionamento.

Imagem: pcworld.com
8. Aperfeiçoar invenções e produtos imaginários
Quem possui uma ideia embrionária pode descrevê-la para receber propostas de design, funcionalidades adicionais e etapas de viabilidade. O chatbot ainda sugere variações e melhorias, servindo como “painel de brainstorming” permanente.
9. Pedir à IA que analise a si mesma
O uso mais meta envolve questionar o próprio ChatGPT sobre seus limites, implicações éticas e possíveis impactos sociais. Embora a ferramenta destaque ser apenas um modelo de linguagem, a conversa favorece reflexões sobre governança e uso responsável.
Por que explorar funções menos óbvias do ChatGPT
A OpenAI projeta o ChatGPT como gerador de texto preditivo, sem consciência ou compreensão real do conteúdo que entrega. Ainda assim, prompts criativos revelam a versatilidade do sistema ao combinar dados estatísticos com estruturas narrativas.
Esses exemplos mostram que a mesma tecnologia usada para tarefas rotineiras também permite simular políticas públicas, elaborar mundos de fantasia e testar argumentos complexos. O segredo está em formular pedidos claros, delimitar contexto e, principalmente, manter ceticismo sobre possíveis “alucinações” — respostas inventadas que o modelo pode produzir.
Para Dave Parrack, a chave é tratar o ChatGPT como ferramenta de apoio, não de autoridade. Ao conferir as saídas, ajustar detalhes e comparar com fontes confiáveis, o usuário transforma a IA em aliada criativa sem abdicar do senso crítico.
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