Uma rodada recente de testes comparou vários notebooks gamers de até US$ 1.000 e identificou três modelos que se destacam em desempenho, portabilidade ou número de portas disponíveis. O levantamento avaliou CPU, GPU, tela, autonomia e construção, priorizando máquinas capazes de rodar jogos em 1080p com boa fluidez. A seguir, confira os resultados detalhados e o que cada equipamento oferece ao jogador que busca custo-benefício.
Melhor equilíbrio geral: Acer Nitro V 16
O Nitro V 16 combina o processador Ryzen 7 8845HS de oito núcleos com a GPU GeForce RTX 4060, entregando taxas de quadros estáveis em títulos populares sem ultrapassar o orçamento. O painel IPS de 16 polegadas, resolução 1920 × 1200 e taxa de 165 Hz garante imagens nítidas e movimentação suave, fator importante em jogos competitivos. Além disso, um atalho dedicado no chassi permite alternar rapidamente entre perfis de desempenho, simplificando o ajuste durante as partidas.
Nos testes de laboratório, o modelo ofereceu resultado equilibrado entre CPU e placa gráfica, posicionando-se à frente de outros rivais na mesma faixa de preço. A construção totalmente plástica reduz o peso final, mas sacrifica a rigidez e traz um teclado de sensação esponjosa, pontos que podem incomodar usuários exigentes. A autonomia foi considerada limitada, o que reforça a recomendação de mantê-lo conectado quando o objetivo for longas sessões de jogo.
Mais portátil: MSI Thin GF63 (2023)
Para quem precisa levar o notebook na mochila diariamente, o MSI Thin GF63 surge como alternativa de 15,6 polegadas pesando pouco mais de 1,8 kg. Equipado com o Core i5 de 13ª geração e a RTX 4050, o aparelho sustentou gameplay em 1080p com ajustes médios a altos, mantendo a temperatura sob controle. A tela de 144 Hz ajuda a reduzir borrões em cenas rápidas, característica valorizada em jogos de tiro.
O gabinete metálico oferece boa robustez, apesar de ligeira flexão na tampa, típica de modelos econômicos. Já a bateria exige atenção: durante uso intenso, a tomada precisa ficar por perto para evitar interrupções. Mesmo com esses compromissos, o preço competitivo e a leveza fazem do GF63 escolha prática para estudantes ou profissionais que alternam entre trabalho e lazer.
Maior conectividade: Acer Nitro V 15
Se a prioridade é ligar vários acessórios, o Nitro V 15 entrega conjunto amplo de portas, incluindo três USB-A, uma USB-C, HDMI 2.0, Ethernet gigabit e conector de 3,5 mm. O processador Core i5-13420H aliado à RTX 4050 obteve bom desempenho em 1080p, com ganhos perceptíveis ao ajustar gráficos para níveis médios. O chassi apresenta acabamento sólido dentro da categoria, oferecendo confiança no uso diário.
O ponto de atenção fica para os 8 GB de RAM na configuração básica, quantidade que pode limitar multitarefas até em uso comum de navegador. A tela IPS de 15,6 polegadas resolve 1920 × 1080, cumpre o essencial, porém não exibe a vivacidade de um painel OLED. Ainda assim, quem precisa conectar mouse, teclado, monitor externo e headset encontra aqui uma solução completa sem ultrapassar o limite de gasto.
Outras opções avaliadas
Dell G15 e Lenovo LOQ 15 também participaram dos testes e se mostraram competentes para jogos casuais, embora com especificações ligeiramente inferiores. Esses modelos mantêm preços acessíveis e podem atender usuários menos exigentes em gráficos, mas ficaram fora do ranking principal por oferecerem menos recursos ou desempenho inferior. Ainda assim, permanecem alternativas válidas quando promoções surgem no varejo.
Metodologia de testes
Os aparelhos passaram por benchmarks padronizados que simulam cargas de GPU e CPU, além de medições de autonomia, temperatura e qualidade de tela. Cada resultado foi comparado a um banco de dados interno formado por mais de 70 notebooks avaliados anualmente. O procedimento garante que diferenças de desempenho apareçam em condições controladas e reproduzíveis.

Imagem: Ashley Biancuzzo and Sam Singleton via pcworld.com
Guia rápido para escolher um notebook gamer barato
Antes de fechar a compra, vale conferir alguns pontos técnicos que influenciam diretamente a experiência de jogo e a vida útil do equipamento. A seguir, veja os principais componentes a analisar dentro da faixa de até US$ 1.000. Levar esses critérios em conta evita arrependimentos e maximiza o investimento.
GPU define o ritmo
A GeForce RTX 4050 oferece boa margem para games em 1080p com ajustes médios a altos, enquanto a RTX 4060 eleva detalhes para alto ou ultra. Modelos com RTX 3060 ainda entregam desempenho sólido, mas começam a mostrar limitações em lançamentos exigentes. Já placas GTX 1650 atendem apenas títulos leves ou antigos, ficando abaixo do ideal para quem busca longevidade.
CPU sustenta tarefas paralelas
Prefira chips Intel Core de 13ª ou 14ª geração, ou AMD Ryzen 7000, pois trazem melhorias de arquitetura e maior eficiência. Mais núcleos e threads ajudam em streaming, edição de vídeo e jogos que exigem processamento intenso. Processadores com NPU integrada, caso dos Ryzen AI, também aliviam cargas específicas de inteligência artificial, preservando desempenho geral.
Memória e armazenamento
O mínimo recomendado é 8 GB de RAM, mas 16 GB garantem folga para navegar, conversar por voz e jogar simultaneamente. A maioria dos notebooks permite expansão, mas é prudente confirmar antes da compra. Em armazenamento, busque SSD de 512 GB para instalar sistema, jogos e aplicativos sem recorrer de imediato a unidades externas.
Tela e frequência
Painéis Full HD de 144 Hz proporcionam sensação mais fluida que versões de 60 Hz, sobretudo em títulos competitivos. Brilho e reprodução de cores variam muito entre fabricantes, então analisar especificações de contraste e cobertura de gama é recomendável. Quem sente falta de fidelidade pode recorrer a monitor externo conectado por HDMI ou USB-C.
Bateria e portabilidade
Notebooks gamers raramente ultrapassam seis horas longe da tomada por causa do hardware potente e do sistema de refrigeração. Pesos variam de 1,8 kg a mais de 2,5 kg, influenciando o conforto ao transportar o equipamento diariamente. Avaliar necessidade real de mobilidade evita surpresas com cargas frequentes ou excesso de volume na mochila.