Internet dial-up sobrevive mesmo sem a AOL
A AOL confirmou que encerrará seu serviço de internet discada no fim de setembro. A decisão inclui o desligamento dos softwares AOL Dialer e AOL Shield, marcando o fim de uma era em que o “You’ve Got Mail” simbolizava a conexão à rede.
Apesar da retirada de cena de um dos nomes mais conhecidos do setor, pelo menos três companhias mantêm planos dial-up disponíveis em 2025: Microsoft, Juno e NetZero. Os pacotes variam de acesso gratuito limitado a assinaturas mensais pagas.
Por que o dial-up ainda existe?
A expansão da banda larga fixa e móvel chegou à maioria das áreas urbanas dos Estados Unidos, mas a cobertura em regiões rurais continua dependente de investimentos públicos ou de ofertas sem fio, como 5G residencial e satélites. Nesses cenários, a linha telefônica tradicional permanece como alternativa de baixo custo para quem não tem outra opção.
Quem continua oferecendo internet discada
Microsoft mantém o MSN Dial-Up Internet Access
A Microsoft comercializa o MSN Dial-Up a US$ 21,95 por mês ou US$ 179,95 por ano. O serviço inclui conta de e-mail e suporte técnico. Durante teste realizado para verificar números de acesso locais, alguns telefones em áreas populosas não foram reconhecidos, indicando cobertura desigual.
NetZero aposta em discado “acelerado”
Conhecida no início dos anos 2000, a NetZero cobra US$ 29,95 mensais por um plano descrito como “high-speed accelerated dial-up”. Em consulta usando número de telefone da região da baía de São Francisco, a empresa apresentou diversas linhas de entrada, sinal de que a infraestrutura segue ativa mesmo em mercado altamente servido por banda larga.
Juno oferece 10 horas gratuitas por mês
A Juno mantém um modelo sem custo para até 10 horas mensais. O limite pode atender usuários que necessitam apenas de verificações ocasionais de e-mail ou acesso emergencial. Documentos públicos do passado indicam que, em 2009, a empresa cogitou utilizar ciclos de CPU dos clientes para compensar custos, iniciativa cuja implementação não foi confirmada.
Relatos em repositórios online apontam ainda incompatibilidades entre o software da Juno e formatos modernos da web, fator que pode impactar a experiência de navegação.
Como funciona a conexão dial-up em 2025
Velocidade e limitações técnicas
A tecnologia discada utiliza modem analógico em linha telefônica comum, alcançando até 56 kb/s em condições ideais. Sites atuais, otimizados para banda larga, podem demorar minutos para carregar. Serviços de streaming, videoconferência e atualizações de sistema tornam-se pouco viáveis.

Imagem: pcworld.com
Custos e equipamentos
Além da tarifa do provedor, o usuário precisa de aparelho de fax-modem — embutido ou externo — e conta telefônica que permita chamadas locais sem tarifação por minuto. A configuração costuma envolver discagem de um número de acesso e autenticação via login e senha.
Banda larga x discado: decisão de mercado
Relatórios federais mostram que programas de subsídio e incentivos a redes de fibra e 5G reduzem a necessidade de soluções legadas. Ainda assim, provedores enxergam nichos onde a modernização é cara ou demorada.
Para consumidores em regiões de difícil cobertura, o dial-up continua funcionando como linha de segurança. Já para empresas, manter a oferta representa pouco investimento adicional, pois a infraestrutura principal — centrais de comutação telefônica — segue operante.
Perspectivas para os próximos anos
Com a saída da AOL, os provedores remanescentes podem atrair clientes que não migraram para alternativas modernas. Porém, a tendência geral aponta para redução gradual da base de usuários, à medida que projetos de expansão de banda larga avançam.
Enquanto isso, Microsoft, NetZero e Juno mantêm viva a conexão discada, provando que, mesmo em 2025, a internet ainda pode chegar ao usuário pelo som característico do modem.
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