Recurso de compartilhamento de localização do Instagram desperta alerta sobre privacidade
O Instagram passou a testar nos Estados Unidos um recurso que exibe a localização do usuário em um mapa. Chamado internamente de Friend Map, o serviço replica a dinâmica existente no Snapchat desde 2017 e motivou críticas de seguidores da plataforma pertencente à Meta.
Quem lançou e o que muda no aplicativo
A novidade foi adicionada esta semana ao aplicativo móvel do Instagram, segundo comunicado publicado no blog oficial da empresa. O Friend Map permite ao usuário compartilhar, em tempo real, os locais visitados, exibindo-os para pessoas escolhidas na interface do mapa.
Diferente dos tradicionais marcadores de localização em posts ou stories, o mapa apresenta um histórico contínuo dos deslocamentos. A intenção, de acordo com a Meta, é “facilitar encontros entre amigos e estimular a publicação de registros de lugares considerados interessantes”.
Quando e onde surgiram as críticas
As primeiras reclamações ganharam força na quarta-feira, 25 de outubro, quando vídeos no TikTok e no X (antigo Twitter) atingiram milhares de visualizações. A advogada e influenciadora Kelley Flanagan, conhecida pelo reality show “The Bachelor”, publicou um tutorial ensinando a desativar a função e classificou o recurso como “perigoso”.
Na mesma data, a usuária Lindsey Bell relatou que seu endereço residencial ficou visível para todos os seguidores enquanto a função esteve habilitada. “Desativei assim que soube”, escreveu Lindsey em resposta a Flanagan, destacando a sensação de vulnerabilidade.
Como funciona o Friend Map
O Friend Map aparece em uma aba específica do aplicativo. Ao ativar o recurso, o usuário escolhe a lista de contatos que poderá visualizar sua posição geográfica. O compartilhamento pode ser mantido por tempo indefinido ou suspenso a qualquer momento nas configurações de privacidade.
Segundo a Meta, o serviço nasce desativado por padrão. Somente após a autorização explícita do titular da conta o aplicativo coleta e exibe as coordenadas em intervalos regulares. Ainda assim, especialistas em segurança digital alertam para o risco de exposição involuntária caso a configuração seja esquecida ou mal compreendida.
Reação do Instagram às preocupações
Diante da repercussão, o diretor-executivo do Instagram, Adam Mosseri, publicou ontem, 26 de outubro, uma nota de esclarecimento nas redes sociais. “Sua localização será compartilhada apenas se você decidir”, afirmou Mosseri. O executivo reforçou que o aplicativo “inicia com o compartilhamento totalmente desativado” e que o usuário pode restringir os dados “a um grupo limitado de pessoas” previamente selecionado.
Em postagem simultânea no blog oficial, a equipe do Instagram reiterou que o objetivo do mapa é melhorar a interação entre amigos, sobretudo em eventos e viagens. A empresa não informou uma data para expansão do teste a outros países nem detalhes sobre auditorias independentes de segurança.

Imagem: uol.com.br
Por que a ferramenta causa inquietação
Organizações de defesa da privacidade destacam que a divulgação contínua de coordenadas geográficas eleva o risco de perseguição, roubos e violência doméstica. Especialistas recordam que, mesmo em plataformas com controles de audiência, capturas de tela podem ser compartilhadas sem consentimento.
O histórico do próprio Instagram contribui para a cautela dos usuários. Em 2022, uma falha no aplicativo expôs informações de contas comerciais. Já em 2018, a Meta foi multada por falhas na proteção de dados pessoais no escândalo Cambridge Analytica, envolvendo o Facebook.
Como desativar o compartilhamento de localização
Para desabilitar o Friend Map, o usuário deve:
1. Acessar o menu “Configurações e privacidade”.
2. Selecionar “Localização”.
3. Desmarcar a opção “Compartilhar no Friend Map”.
O procedimento pode ser revertido a qualquer momento, mas a Meta recomenda rever periodicamente as preferências, sobretudo após atualizações do aplicativo.
Próximos passos da plataforma
Até o momento, o Instagram não se manifestou sobre eventuais ajustes técnicos na ferramenta. A rede social informou apenas que continuará “coletando feedback durante o período de testes nos Estados Unidos”. Caso a adesão e o retorno dos usuários sejam considerados positivos, a expansão global será avaliada.
Enquanto isso, entidades de segurança digital aconselham cautela. Manter o recurso inativo, compartilhar localização apenas com contatos de confiança e evitar a publicação de endereços residenciais são recomendações recorrentes para reduzir potenciais riscos.
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