iFood investe R$17 bilhões no Brasil até 2026
Estratégia do iFood prioriza tráfego, recorrência e novos segmentos
O iFood destinará R$17 bilhões em investimentos diretos no país entre abril de 2024 e março de 2026. O volume supera os R$10,3 bilhões aplicados em 2024 e os R$13,6 bilhões previstos para 2025, considerando os ciclos anuais encerrados em março.
Segundo o presidente-executivo Diego Barreto, a maior fatia do aporte será direcionada a iniciativas que elevem o tráfego no aplicativo, reforcem a frequência de compras dos usuários e ampliem os segmentos atendidos pela plataforma de delivery.
Foco em tecnologia e inteligência artificial proprietária
Parte dos recursos financiará projetos de tecnologia e inovação, incluindo o desenvolvimento de soluções próprias de inteligência artificial. A empresa busca aprimorar recomendações, logística e eficiência operacional por meio de modelos de IA aplicados às operações diárias.
O investimento também contemplará linhas de crédito para restaurantes parceiros e consumidores. A oferta de capital de giro pretende fortalecer os estabelecimentos cadastrados e estimular novas compras no aplicativo.
Contratação de 1.100 profissionais reforça expansão
No período entre abril de 2025 e março de 2026, o iFood prevê contratar 1.100 funcionários diretos, sendo mais da metade para a área de tecnologia. Com a expansão, o quadro total ultrapassará 8.600 colaboradores.
As novas posições incluem engenheiros de software, especialistas em ciência de dados e profissionais dedicados à experiência do usuário. O reforço deve acelerar o lançamento de funcionalidades e consolidar a escalabilidade do serviço.
Metas de pedidos mensais e presença nacional
Hoje o iFood processa cerca de 120 milhões de pedidos por mês e planeja atingir a marca de 200 milhões de pedidos mensais em aproximadamente três anos. A plataforma opera em 1.500 cidades brasileiras, conta com 55 milhões de clientes ativos e mantém parceria com 400 mil estabelecimentos online e offline.
Para sustentar o crescimento, a empresa pretende intensificar iniciativas de marketing e conscientização de marca, especialmente em cidades de médio porte onde a penetração do delivery ainda é considerada moderada.
Cenário econômico motiva decisão de investimento
Apesar das incertezas provocadas por tensões geopolíticas, Diego Barreto avalia que a conjuntura interna permanece favorável. O executivo disse à Reuters que o país tende a registrar “nível de desemprego constantemente baixo” em razão da política monetária do Banco Central e da continuidade do crescimento econômico.

Imagem: uol.com.br
Barreto afirmou que discussões geopolíticas “vão passar de um jeito ou de outro” e não alteram o apetite de investimentos da companhia. O executivo reiterou que o plano não inclui recursos destinados a aquisições.
Rumores de aquisições permanecem sem comentários
O CEO preferiu não comentar especulações sobre eventual compra da empresa de cartões de benefícios Alelo. Segundo Barreto, o montante anunciado está restrito a investimentos orgânicos, excluindo fundos reservados para possíveis fusões ou aquisições.
iFood integra portfólio do grupo Prosus na América Latina
A operação brasileira do iFood faz parte do portfólio latino-americano do grupo holandês de investimentos Prosus. O conglomerado é detentor de participação majoritária na plataforma e mantém posição estratégica no mercado de tecnologia e serviços digitais da região.
Com o novo plano de aporte, o Prosus reforça seu compromisso de longo prazo com o crescimento do iFood e a expansão do setor de delivery no mercado brasileiro.
Próximos passos e cronograma de desembolso
Os investimentos serão liberados em duas etapas principais. A primeira, entre abril de 2024 e março de 2025, concentra desembolsos em marketing, infraestrutura tecnológica e concessão de crédito. A segunda, de abril de 2025 a março de 2026, amplia a contratação de pessoal e acelera projetos de inteligência artificial.
Ao final do ciclo, a empresa espera consolidar sua liderança no segmento de delivery, diversificar linhas de negócio e elevar a participação de mercados de conveniência, farmácias e compras rápidas.
Resumo dos principais números
Investimento total: R$17 bilhões (abril/2024 – março/2026).
Investimentos anteriores: R$10,3 bilhões em 2024; R$13,6 bilhões em 2025.
Contratações: 1.100 novos funcionários, mais da metade em tecnologia.
Base atual: 400 mil estabelecimentos, 55 milhões de clientes, 1.500 cidades.
Pedidos mensais: 120 milhões em 2025, meta de 200 milhões em três anos.
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