Google Fotos amplia criação com IA
O Google iniciou nesta semana a distribuição de duas funções de inteligência artificial no Google Fotos, voltadas a tornar lembranças mais dinâmicas.
Os recursos Foto para Vídeo e Remix surgem na nova aba Criar, que passa a reunir também colagens e destaques em vídeo.
Foto para Vídeo utiliza o modelo Veo 2 para converter qualquer foto da galeria em um clipe de até seis segundos.
O usuário decide entre animações com movimento sutil ou a opção Estou com Sorte, que aplica efeitos automaticamente.
Já o Remix recorre ao modelo Imagen para gerar versões da imagem em traços de anime, quadrinhos, esboços ou animações 3D.
As duas ferramentas chegam primeiro a aparelhos Android e iOS nos Estados Unidos, com liberação gradual prevista para os próximos meses em outras regiões.
Segundo a empresa, mais de 1,5 bilhão de pessoas utilizam o serviço, o que amplia o alcance da IA generativa no cotidiano.
Para garantir transparência, todas as criações receberão a marca d’água digital invisível SynthID, já empregada em outras soluções da companhia.
Essa identificação ajuda a indicar que o conteúdo foi produzido por algoritmos e não por processos convencionais de edição.
Após gerar o material, o aplicativo convida o público a reagir com curtidas ou descurtidas, feedback que ajusta os resultados futuramente.
O Google afirma que as respostas serão usadas para calibrar efeitos, estilos e sugestões, sem alterar a privacidade das contas.
As novidades reforçam a estratégia da empresa de integrar IA generativa a produtos populares, depois de movimentos semelhantes em busca, escritório e e-mail.
No caso do Fotos, a aposta recai sobre memórias visuais, segmento que concentra grande volume de uploads diários.
Com a inclusão dos clipes curtos, imagens estáticas podem ganhar movimento sem exigir softwares externos ou conhecimento avançado.
Já a conversão para estilos artísticos facilita experimentações rápidas, atendendo a interesses de compartilhamento em redes sociais.
O aplicativo mantém os arquivos originais intactos; as versões modificadas surgem como itens independentes na biblioteca.
As criações podem ser salvas localmente, enviadas por mensagens ou publicadas em plataformas externas, conforme as permissões de cada serviço.
Não há cobrança adicional anunciada, e as funções integram o pacote gratuito, sujeito ao espaço de armazenamento disponível na conta Google.
No entanto, o desempenho dos modelos depende de conexão estável, já que o processamento ocorre na nuvem.

Imagem: Google via olhardigital.com.br
Google Fotos prepara expansão global
A empresa informou que monitora o uso inicial nos Estados Unidos para identificar ajustes antes de liberar a atualização em nova escala.
Entre os critérios avaliados estão qualidade visual, tempo de geração e aderência a políticas de segurança e uso responsável da IA.
Caso não sejam detectados impeditivos, a liberação internacional deverá ocorrer ao longo dos próximos meses, sem data exata divulgada.
Países que já possuem pleno suporte às funcionalidades de Fotos costumam receber novidades em ondas, geralmente pela Play Store e pela App Store.
Usuários interessados podem verificar manualmente se a opção Criar foi incluída, mantendo o aplicativo atualizado na versão mais recente.
O Google acrescentou que planeja agregar outras experiências de IA à aba Criar, mas não antecipou quais modelos ou formatos serão incorporados.
A companhia destacou apenas que continuará seguindo princípios internos de desenvolvimento ético, incluindo revisões humanas e camadas de proteção automatizadas.
Em paralelo, equipes responsáveis por privacidade analisam de que forma as reações dos usuários serão armazenadas e agrupadas.
Até o momento, não há integração direta com produtos pagos, como o Google One, embora a empresa não descarte futuras ofertas premium.
Os anúncios reforçam a tendência de grandes plataformas adicionarem recursos de geração de mídia, movimento impulsionado pela evolução dos modelos multimodais.
Com o lançamento, o Google Fotos transforma-se em uma das maiores vitrines para essas tecnologias, devido ao volume de contas ativas e à natureza visual do serviço.
Analistas de mercado observam que a iniciativa coloca pressão sobre concorrentes que oferecem soluções de edição automática em nuvem.
Enquanto isso, organizações de direitos autorais acompanham de perto o emprego de estilos artísticos, tema que ainda gera debates sobre licenciamento de referência.
O Google não divulgou métricas de uso previstas para o primeiro ciclo, mas espera engajamento elevado entre públicos que já exploram as montagens automáticas existentes.
Com base na popularidade de ferramentas semelhantes em redes sociais, a projeção interna é de crescimento significativo no compartilhamento de clipes gerados.
As atualizações começaram a ser distribuídas em lotes a partir de hoje, e o processo completo pode levar algumas semanas até alcançar todos os perfis contemplados.
Enquanto a implementação avança, a empresa recomenda manter backups de fotos e vídeos, garantindo que conteúdos originais permaneçam protegidos contra perdas indesejadas.