Como evitar comprar carro roubado: dicas antes de fechar negócio
Comprar um veículo usado sem a checagem adequada pode levar à perda do automóvel e à responsabilização por receptação culposa. A infração, prevista no Código Penal, prevê multa e pena de até um ano de detenção quando o comprador ignora sinais de origem ilícita do bem.
Veja, a seguir, oito procedimentos recomendados por órgãos de segurança pública e especialistas do setor automotivo para reduzir o risco de adquirir um carro roubado no Brasil.
1. Utilize o aplicativo Sinesp Cidadão
Disponível para Android e iOS desde 2013, o Sinesp Cidadão já contribuiu para a recuperação de mais de um milhão de veículos roubados ou furtados. O usuário faz login pela conta Gov.br, digita a placa e recebe, em segundos, a informação sobre possível restrição de furto ou roubo.
2. Consulte o Detran do estado
Cada unidade da federação mantém um site próprio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) com ferramentas gratuitas. Usando a placa ou o Renavam, é possível identificar bloqueios administrativos, decisões judiciais e registro de furto.
Se o vendedor se recusar a fornecer o Renavam, desconfie. A recusa pode indicar falta de transparência ou tentativa de ocultar informações.
3. Verifique chassi e número do motor
O número do chassi costuma estar gravado na estrutura próxima ao motor ou no assoalho; o número do motor fica no bloco. Compare esses dados com o CRLV-e. Qualquer divergência sinaliza adulteração, clonagem ou participação do veículo em sinistro grave.
4. Cheque se o vendedor é o legítimo proprietário
Analise o Certificado de Registro do Veículo (CRV) e confirme se o nome e o CPF impressos coincidem com os documentos pessoais apresentados. Evite intermediários sem procuração autenticada e não aceite recibo em branco.
5. Levante pendências financeiras e multas
Nos portais dos Detrans é possível consultar débitos de IPVA, licenciamento e infrações. Além de prevenir gastos imprevistos, essa verificação ajuda a detectar uso irregular do carro, como multas aplicadas em locais distantes da residência do vendedor, o que pode indicar clonagem.

Imagem: Engevel via olhardigital.com.br
6. Solicite vistoria cautelar
A vistoria feita por empresas especializadas avalia a integridade estrutural e confere possíveis restrições judiciais. O laudo atesta a originalidade do chassi, do motor e da pintura, apontando alterações que não aparecem em documentos.
7. Negocie direto com o dono registrado
Tratar pessoalmente com o proprietário diminui o risco de golpes. O procedimento ideal inclui assinatura do recibo de venda, reconhecimento de firma em cartório e entrega de todas as vias já preenchidas.
8. Prefira lojas e concessionárias com boa reputação
Revendedoras autorizadas e concessionárias seguem protocolos que incluem checagem documental e vistoria técnica. A compra em estabelecimentos reconhecidos também oferece suporte pós-venda e reduz a chance de pendências ocultas.
Por que essas medidas são importantes?
Segundo especialistas em direito do consumidor, quem compra um veículo de origem ilícita perde o bem, arca com o prejuízo financeiro e pode responder criminalmente. A cautela antes da assinatura do contrato funciona como seguro extra contra transtornos jurídicos e financeiros.
Nesse contexto, os oito procedimentos destacados formam um protocolo simples que aumenta a segurança das transações de veículos usados no país.
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