ChatGPT registra 2,5 bilhões de interações por dia
O volume de uso do principal chatbot da OpenAI alcançou 2,5 bilhões de prompts diários, segundo dados fornecidos pela empresa ao site Axios. Desse total, cerca de 330 milhões de interações partem de usuários localizados nos Estados Unidos, o que indica forte participação norte-americana no tráfego global da ferramenta.
A revelação foi feita antes da visita do presidente-executivo da OpenAI, Sam Altman, a Washington, onde ele cumpre agenda para discutir regulamentação do setor de inteligência artificial. Os números, não auditados de forma independente, oferecem uma visão rara sobre o alcance cotidiano da plataforma lançada em novembro de 2022.
Além da cifra diária, a companhia informa manter 500 milhões de usuários ativos a cada semana desde abril deste ano. Esse contingente reforça a posição do serviço como uma das aplicações de inteligência artificial de maior penetração no mundo, superando concorrentes lançados no mesmo período.
Dados de tráfego da SEMRush apontam que o site do ChatGPT foi o quinto mais acessado do planeta em maio de 2025, somando 4,6 bilhões de visitas no mês. O indicador coloca a página ao lado de gigantes como Google, YouTube e redes sociais, sinalizando mudança no comportamento de busca por informação.
ChatGPT impulsiona discussão sobre impacto na web
Levantamento da Backlinko mostra que o chatbot conquistou 100 milhões de usuários nos três primeiros meses de operação e hoje detém 62,5% do mercado de ferramentas de IA. Dentro desse universo, a OpenAI contabiliza aproximadamente 10 milhões de assinantes pagos, enquanto a maioria permanece no plano gratuito.
Especialistas observam que muitos internautas passaram a recorrer ao ChatGPT para obter respostas rápidas, diminuindo visitas a serviços de busca tradicionais. Relatórios de veículos internacionais, como The Economist e The Wall Street Journal, destacam queda de audiência em diversos sites e descrevem o cenário como desafio inédito para o ecossistema de conteúdo online.
O crescimento acelerado do chatbot também tem gerado reações jurídicas. Em abril, a controladora Ziff Davis entrou com processo contra a OpenAI, alegando uso de material protegido por direitos autorais no treinamento de modelos. A ação se soma a debates globais sobre propriedade intelectual e responsabilidade na utilização de bases de dados para algoritmos.
Apesar das controvérsias, o ritmo de adoção do ChatGPT sugere consolidação do formato conversacional como interface preferencial para tarefas rotineiras, redação de textos, programação e apoio ao estudo. A popularidade atingida em menos de três anos ilustra a velocidade com que soluções baseadas em IA podem redefinir padrões de consumo digital.
Para sustentar a demanda, a OpenAI investe em infraestrutura capaz de processar bilhões de requisições em tempo real. Detalhes sobre custos operacionais não foram divulgados, mas analistas apontam que a expansão do serviço exigirá parcerias estratégicas com provedores de nuvem e avanços em eficiência energética.
Enquanto legisladores em Washington discutem limites e salvaguardas, organismos regulatórios de outras regiões acompanham o movimento. A Comissão Europeia, por exemplo, debate regras específicas para transparência de dados, segurança e proteção de direitos autorais em sistemas de IA generativa.
Os próximos passos da OpenAI incluem negociações para garantir ambientes regulatórios favoráveis e, simultaneamente, ampliar a base de assinantes corporativos. A empresa aposta que funcionalidades exclusivas, modelos personalizados e integrações empresariais vão elevar a proporção de usuários pagos nos próximos anos.
Com 2,5 bilhões de prompts diários, meio bilhão de usuários semanais e posição de destaque no ranking global de visitas, o ChatGPT consolida-se como peça central na evolução do mercado de inteligência artificial. Os números apresentados sugerem que a disputa por atenção, dados e receita digital sofrerá profundas transformações à medida que a tecnologia avançar.