Abdução em SC: caso Tasca ainda intriga ufólogos após quatro décadas
O corretor de imóveis Antônio Nelso Tasca relatou ter sido retirado de seu carro por uma luz em 14 de dezembro de 1983, nas proximidades de Chapecó (SC). O episódio, conhecido como “caso Tasca”, segue sem explicação definitiva e permanece entre os mais citados da ufologia brasileira.
Trajetória de quem é o protagonista do caso
Tasca nasceu em 1933 e vivia em Chapecó, onde atuava no mercado imobiliário. Em 1992, concedeu entrevista detalhada ao Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais (Infa), reforçando a narrativa que já circulava desde a década de 1980.
Relato inicial: objeto retangular e luz de atração
Na noite de 14 de dezembro de 1983, Tasca dirigia de Colônia Cella para Chapecó quando, segundo disse, sentiu “força estranha” que o fez deixar a rodovia. Ele afirmou ter avistado uma nave retangular, cinza fosco, com janelas em fileira. Após desligar os faróis, aproximou-se do objeto. Um feixe luminoso, relatou, o puxou para o interior da estrutura.
Dentro da nave: ambiente gelado e seres de baixa estatura
Ao recobrar os sentidos, Tasca contou que estava em local frio e escuro, sem conseguir mexer o corpo. Ele disse ter identificado pequenos seres e uma figura feminina de cerca de 1,20 m. A mulher teria se apresentado telepaticamente como Cabalá, “mensageira do mundo de Agali”.
Encontro com Cabalá: comunicação e relação sexual
Segundo o depoimento, Cabalá ofereceu dois líquidos e, em seguida, manteve relação sexual com Tasca. O corretor afirmou ter sido informado de que ambos haviam sido “escolhidos” para uma missão. Ele relatou que um diadema foi colocado em sua cabeça para a transmissão de uma mensagem.
Mensagem contra armas nucleares e preservação do planeta
Cabalá teria alertado para os perigos de uma guerra nuclear total, que, segundo a entidade, poderia “tirar a Terra de sua rota celeste” e afetar “mundos vizinhos”. A mensagem incluía pedido pela desativação imediata de armamentos capazes de eliminar a vida terrestre e orientações sobre cuidados ambientais.
Retorno à Terra: marca nas costas e relógio parado
Tasca declarou ter despertado horas depois em um matagal próximo a Chapecó, com o relógio travado em 10h05. Familiares notaram uma marca semelhante a queimadura entre as omoplatas. O médico Júlio Zawadzki classificou a lesão como “intrigante”. Exames revelaram ausência de dor mesmo com instrumentos diretamente sobre a ferida.
Imagem: uol.com.br
Achados técnicos no carro e na fivela do cinto
Pesquisadores da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV) detectaram leituras incomuns de magnetismo no veículo de Tasca e na fivela de seu cinto. Os registros foram feitos logo após o suposto retorno, reforçando o interesse de ufólogos no caso.
Divulgação e livro “Um Homem Marcado por ETs”
O episódio projetou Tasca no cenário nacional da ufologia. Em 1999, ele lançou o livro “Um Homem Marcado por ETs”, no qual reproduziu a narrativa, descreveu a nave, os diálogos telepáticos e o conteúdo do alerta contra armas nucleares.
Acidente e morte do protagonista
Em 8 de agosto de 2007, Tasca sofreu acidente de carro em Sarandi (RS). Após quase seis meses em coma, morreu em 30 de janeiro de 2008, em Ronda Alta (RS), aos 74 anos, poucos dias antes de completar 75.
Por que o caso segue sem solução
Quatro décadas depois, nenhum laudo científico confirmou ou refutou de forma conclusiva os relatos. Pesquisadores de ufologia mantêm o caso em destaque devido à marca física documentada e aos registros de campo feitos pouco depois do ocorrido. Até hoje, porém, não há comprovação independente que sustente a existência da nave, da entidade Cabalá ou da origem dos ferimentos.
O que torna o caso relevante para estudiosos
Para ufólogos, o conjunto de depoimentos, exames médicos, medições magnéticas e coerência temporal mantém o caso Tasca entre os mais pesquisados do país. Para céticos, a ausência de evidências materiais definitivas é sinal de que fenômenos psicológicos ou ambientais podem explicar o relato. A divergência garante que o enigma permaneça aberto.
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