Uma ilustração descoberta no aplicativo Saúde do iOS 26 indica que o Apple Watch poderá exibir, em breve, uma pontuação de sono padronizada de 0 a 100, recurso ainda ausente no relógio da empresa.
Apple Watch e a futura métrica do sono
A imagem, não utilizada na interface atual, traz o título “Pontuação de Foco do Watch” e mostra o relógio cercado por ícones de cama, despertador e o símbolo “zzz”.
No mostrador, três segmentos coloridos formam um anel semelhante ao gráfico de estágios de sono do watchOS; no centro, o número 84 sugere o índice que sintetiza a qualidade do descanso.
A pontuação combina marcadores como variação da frequência cardíaca, tempo em sono leve, profundo e REM, além de interrupções ao longo da noite, prática já adotada por aplicativos de terceiros dentro do ecossistema da própria Apple.
Embora o Apple Watch ofereça rastreamento de sono nativo desde o watchOS 7, o cálculo de um score consolidado nunca foi implementado oficialmente, tornando o achado no iOS 26 o primeiro indício concreto de mudança.
A Apple ainda não comentou o material e não há confirmação se a métrica será calculada internamente ou se espelhará dados obtidos por softwares parceiros, mas o histórico recente sugere avanço consistente em índices de saúde agregados.
Apple Watch e tendências de monitoramento avançado
Nos últimos anos, a empresa incorporou ao aplicativo Rastreamento de Ciclo estimativas de ovulação e, no app Vitals, passou a compilar frequência cardíaca, taxa respiratória, temperatura e sono em um painel único.
O possível score de sono segue lógica semelhante e lembra de perto o modelo adotado pelo anel inteligente Oura, que apresenta duas notas principais — preparo e sono — e permite ao usuário investigar fatores que influenciam cada resultado.
No Oura Ring, essas notas são interpretadas por inteligência artificial, responsável por oferecer recomendações como ajuste de horário para dormir, prática que, segundo usuários, costuma alinhar-se à percepção subjetiva de disposição ao acordar.
A integração de um indicador comparável no Apple Watch ampliaria a concorrência entre dispositivos de consumo que utilizam big data e algoritmos preditivos para orientar rotinas de bem-estar, campo de interesse crescente na indústria de tecnologia vestível.
Além das novidades ligadas ao sono, estudo recente publicado no repositório arXiv mostrou que um modelo de inteligência artificial da Apple conseguiu identificar gestação com 92% de precisão, analisando padrões de mobilidade, qualidade do sono e variação cardíaca coletados por iPhones e Apple Watches.
Os autores ressaltam que métricas captadas passivamente pelos sensores, como aceleração, frequência de toque no aparelho e temperatura da pele, formaram a base para treinamento da IA, reforçando o potencial dos dispositivos da marca para prever estados de saúde diversos.
A combinação de uma pontuação de sono nativa, algoritmos preditivos de saúde e o ecossistema fechado do Apple Watch tende a consolidar o relógio como hub central de monitoramento pessoal, estratégia que a empresa aprimora a cada atualização de hardware e software.