Apple aposta em inteligência artificial generativa
A Apple formou uma nova equipe para desenvolver uma ferramenta de inteligência artificial semelhante ao ChatGPT, segundo revelou o jornalista Mark Gurman em sua newsletter semanal na Bloomberg. A iniciativa marca uma guinada na estratégia da companhia, que até então se mostrava reticente em adotar chatbots generativos.
Quem lidera a nova área de IA na Apple
O grupo foi batizado internamente de Answers, Knowledge and Information. A liderança ficou a cargo de Robby Walker, executivo com passagem pelo desenvolvimento inicial da Siri. Walker já descreveu publicamente os atrasos da Apple em assistentes inteligentes como “feios e vergonhosos”, sinalizando a urgência de se aproximar dos concorrentes.
Objetivo: busca mais avançada em todo o ecossistema
A missão principal da equipe é criar uma experiência de busca que vá além das respostas diretas oferecidas pela Siri atualmente. A ideia é integrar a futura tecnologia aos sistemas operacionais iOS, macOS e demais plataformas da companhia, permitindo consultas dentro de aplicativos, serviços e conteúdos locais com resultados em linguagem natural.
A Apple entende que, ao controlar hardware, software e serviços, pode combinar dados do usuário, segurança e processamento no dispositivo para entregar respostas rápidas e contextualizadas. A abordagem também reforça a política de privacidade da empresa, apontada como um dos motivos da demora em adotar IA generativa alojada em nuvem.
Quando o produto chega ao consumidor
Até o momento, não há cronograma divulgado para o lançamento público. O projeto encontra-se em estágio inicial de pesquisa e desenvolvimento, e fontes internas ouvidas pela Bloomberg indicam que não se deve esperar um anúncio no curto prazo. A Apple costuma revelar recursos de software durante a conferência WWDC, realizada anualmente em junho, mas não há garantia de que a nova ferramenta esteja pronta para a edição de 2024.
Por que a Apple mudou de postura
Competidores como Microsoft, Google e OpenAI já disponibilizam soluções baseadas em modelos de linguagem de grande porte (LLMs) que transformaram a forma de realizar buscas e produzir conteúdo. A corrida tecnológica levou usuários e investidores a questionarem a ausência da Apple nesse segmento, especialmente após críticas ao desempenho limitado da Siri em tarefas mais complexas.
Executivos de alto escalão teriam expressado reservas filosóficas sobre o uso de chatbots por receio de respostas imprecisas ou potencialmente problemáticas. No entanto, a tração obtida pelos rivais e a expectativa de mercado por funções avançadas em dispositivos Apple pressionaram a companhia a priorizar o tema.

Imagem: Koshiro K via olhardigital.com.br
Como a iniciativa será implementada
Segundo Gurman, a Apple alocou engenheiros de diversas divisões para o grupo Answers, Knowledge and Information, incluindo especialistas em machine learning, processamento de linguagem natural e arquitetura de sistemas. O objetivo é criar um modelo próprio, treinado com dados que respeitem as diretrizes de privacidade da empresa.
A integração com chips proprietários também é parte central do plano. Processadores como o Apple Silicon possuem unidades de aceleração de IA que podem executar algoritmos de forma mais eficiente e local, reduzindo a dependência de servidores externos. Esse diferencial pode tornar a solução mais rápida e menos custosa em termos de infraestrutura.
Reação do mercado e próximos passos
Embora a Apple não tenha apresentado um produto pronto, o simples anúncio da nova área já indica uma resposta à percepção de atraso. Analistas veem o movimento como um passo necessário para manter a relevância do ecossistema, sobretudo quando plataformas rivais passam a oferecer recursos generativos nativos que alteram a experiência do usuário.
O sucesso do projeto dependerá de como a empresa equilibrará inovação, privacidade e integração de serviços. Caso consiga entregar um assistente capaz de compreender contexto e oferecer respostas úteis sem comprometer dados pessoais, a Apple pode recuperar posição de destaque na evolução da inteligência artificial.
Até lá, os consumidores aguardam por sinais mais concretos, enquanto desenvolvedores e parceiros permanecem atentos a eventuais ferramentas de teste que possam surgir em futuras versões beta dos sistemas operacionais.
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