Microsoft atinge valor de mercado de US$ 4 trilhões
A Microsoft ultrapassou, na quinta-feira, 31 de julho de 2025, a marca de US$ 4 trilhões em valor de mercado, aproximadamente R$ 22 trilhões na conversão direta. O feito torna a companhia de Redmond a segunda organização no mundo a atingir esse patamar, atrás apenas da Nvidia.
A valorização ocorreu após a divulgação dos resultados financeiros do quarto trimestre do ano fiscal de 2025, apresentados ao final do pregão da Nasdaq. Os números impulsionaram o preço das ações e consolidaram o melhor desempenho de mercado em meio século de existência da empresa fundada por Bill Gates.
Crescimento impulsionado por Azure e inteligência artificial
O principal fator apontado pela direção da Microsoft para explicar a escalada no valor de mercado foi o desempenho da plataforma de computação em nuvem Azure. O serviço registrou avanço de 39% em receita na comparação anual, reflexo direto da demanda por infraestrutura para inteligência artificial (IA) e processamento de grandes volumes de dados corporativos.
Em declaração aos investidores, o CEO Satya Nadella informou que o portfólio de IA da companhia vem sendo adotado por diferentes perfis de clientes. Segundo o executivo, quase 800 milhões de usuários interagem com recursos de IA integrados aos produtos da empresa, enquanto o Copilot, chatbot de IA generativa, já contabiliza mais de 100 milhões de usuários mensais.
Para Nadella, a combinação entre serviços de nuvem, modelos avançados de IA e integração ao ecossistema Windows constitui o “motor” responsável pela expansão das receitas e pela confiança do mercado.
Resultados financeiros do trimestre fiscal de 2025
No trimestre encerrado em 30 de junho, a Microsoft apurou receita de US$ 76,4 bilhões, representando crescimento de 18% ante o trimestre anterior. O lucro líquido totalizou US$ 27,2 bilhões, alta de 24% na mesma base de comparação.
Apesar dos resultados positivos, a empresa executou, no início de julho, um corte de aproximadamente 9 mil postos de trabalho e suspendeu ou cancelou diversos projetos considerados de menor prioridade. A administração explicou que os ajustes visam concentrar investimentos em áreas estratégicas, especialmente em IA e infraestrutura de nuvem.
A prática de reconciliar expansão de receita com enxugamento de custos operacionais tem sido recorrente no setor, à medida que companhias buscam equilibrar margens e manter ritmo acelerado de inovação.
Cenário do mercado de tecnologia
A corrida das big techs pelo patamar de US$ 4 trilhões de valor de mercado ganhou força em 2024, apoiada por recordes sucessivos na Nasdaq. Analistas atribuem parte desse movimento à proximidade do fim do período de isenção de tarifas recíprocas estabelecido durante o governo Trump, fato que tem estimulado investidores a reforçar posições em ativos tecnológicos antes de eventuais ajustes fiscais.
Depois de Nvidia e Microsoft, a expectativa é que a Apple seja a próxima gigante a alcançar a marca. A fabricante do iPhone atualmente vale US$ 3,2 trilhões, segundo dados do fechamento do dia 31. Embora esteja a US$ 800 bilhões do objetivo, a companhia possui histórico de alta volatilidade em períodos de lançamento de novos produtos, o que mantém a projeção em aberto.

Imagem: tecmundo.com.br
Em 2019, a Microsoft havia rompido a barreira de US$ 1 trilhão pela primeira vez. Desde então, triplicou de tamanho em seis anos, impulsionada principalmente pelo reposicionamento estratégico em nuvem e serviços baseados em assinatura.
Como a marca de US$ 4 trilhões foi alcançada
O salto registrado no último pregão decorreu da combinação de três fatores: crescimento de dois dígitos na receita, aumento de 24% no lucro líquido e expectativa favorável em relação à aplicação de IA em produtos corporativos e de consumo. O relatório trimestral detalhou a performance por segmento, destacando:
– Nuvem inteligente: receita em alta, puxada pelo Azure;
– Produtividade e processos de negócios: expansão do Microsoft 365 entre clientes corporativos;
– Computação pessoal: estabilidade nas vendas de dispositivos e licenças do Windows.
Esse conjunto de fatores levou investidores a revisar projeções para o exercício de 2026. Casas de análise de Wall Street já consideram novos tetos de valorização, condicionados ao ritmo de adoção de IA pelas empresas.
Por que o resultado é relevante
O marco de US$ 4 trilhões reforça a posição da Microsoft como protagonista da atual onda de transformação digital, ao lado da Nvidia, referência em hardware para IA. O resultado sinaliza ainda a consolidação da nuvem como pilar central da estratégia corporativa e amplia a pressão competitiva sobre rivais como Amazon Web Services, Google Cloud e Oracle.
Para os investidores, a conquista estabelece nova referência de valor para companhias que combinam software, serviços recorrentes e infraestrutura de alto desempenho. Para o mercado de trabalho, contudo, o episódio mostra que mesmo empresas em franca expansão podem adotar cortes de pessoal como prática de gerenciamento financeiro.
Com o encerramento do quarto trimestre fiscal, a Microsoft inicia o ano fiscal de 2026 com expectativa de manter o ciclo de crescimento, enquanto monitora fatores macroeconômicos que podem afetar demanda global por tecnologia.
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