Steam Deck: base de comparação do mercado
O Steam Deck continua sendo a principal indicação para quem busca rodar jogos de PC na palma da mão, mesmo com a chegada de vários rivais. Agora, a disputa ganhou novo fôlego com o lançamento do Lenovo Legion Go S SteamOS Edition, equipado com o processador Ryzen Z2 Go e vendido em promoções próximas de US$ 500, enquanto o Steam Deck OLED custa US$ 550.
A versão OLED do dispositivo da Valve vai além do modelo de entrada de US$ 400 em tela, bateria e armazenamento de 512 GB, características que o aproximam do Legion Go S. O ponto mais visível da diferença é o painel: apesar de o OLED ser superior em contraste, o LCD do portátil da Lenovo se destaca pelo tamanho de 8,8 polegadas, resolução mais densa, taxa de atualização maior e suporte a variação de frequência.
Na prática, a escolha da tela depende do que o jogador valoriza. Quem procura cores profundas tende a preferir o OLED, enquanto quem prioriza fluidez, nitidez ou área de visualização pode inclinar-se ao Legion. A decisão, portanto, é mais de preferência do que de superioridade absoluta.
Steam Deck: referência de software e usabilidade
Embora ambos executem o SteamOS, a experiência no hardware da Valve segue mais polida. O sistema foi ajustado durante três anos para o Deck, reduzindo tropeços em áreas como entrada de texto, opções de resolução e personalização de controles. No Lenovo, o suporte a drivers para a versão Linux ainda passa por amadurecimento, o que se reflete em eventuais engasgos.
O grande diferencial do Legion Go S está no coração de silício. O Ryzen Z2 Go, baseado em arquitetura Zen 3, mantém quatro núcleos como o chip do Steam Deck, mas oferece GPU integrada com mais fôlego. Em testes de jogos, o ganho de desempenho varia de 20 % a 40 %, considerando ambos os aparelhos em resolução 1280 × 800. A versão Z2 Extreme, não analisada aqui, sobe esse patamar, porém com preço maior.
A memória de 16 GB, presente nos dois produtos, opera em frequência ligeiramente mais alta no Lenovo, contribuindo para taxas de quadro estáveis em títulos exigentes. Esse conjunto, aliado à tela de maior resolução, proporciona margem extra para quem prefere qualidade de imagem elevada.
No design, as diferenças aparecem logo ao segurar cada máquina. O Legion Go S é mais largo e espesso, efeito direto da tela grande. Alguns usuários relatam pegada confortável, mas o peso maior, o ruído das ventoinhas e motores de vibração considerados menos refinados podem incomodar sessões prolongadas.
Nos comandos, o Steam Deck inclui dois trackpads amplos, úteis para navegação no sistema e em jogos que dependem de cursor. O Legion dispõe apenas de um paddle traseiro por lado, contra dois no concorrente, limitando atalhos. Por outro lado, o posicionamento dos analógicos no portátil da Lenovo segue o padrão de controles de console, algo que pode agradar quem estranha a disposição interna do Deck.
A autonomia de bateria favorece o modelo OLED da Valve, beneficiado por tela mais eficiente e ajustes de consumo maduros. Mesmo assim, a diferença varia bastante conforme o perfil de jogo e as configurações de energia escolhidas, tornando indispensável avaliar caso a caso.
Nos testes de especialistas, o Legion Go S recebeu elogios pela performance superior, painel veloz e ergonomia volumosa, porém confortável. Ainda assim, a estabilidade geral e a integração profunda entre hardware e software fizeram os avaliadores indicarem o Steam Deck OLED como compra mais segura no momento.
Com preços próximos e listas de prós e contras bem definidas, a escolha entre Steam Deck e Legion Go S depende do que pesa mais para cada jogador: fluidez de sistema, opções de controle e tela OLED no primeiro, ou poder gráfico extra, display maior e layout de analógicos no segundo.