Chips H20 da Nvidia enfrentam novas críticas na China
Uma conta de mídia social vinculada à emissora estatal CCTV afirmou que os chips H20 da Nvidia não atendem a requisitos de segurança, eficiência energética nem de avanço tecnológico. A publicação foi feita no domingo na plataforma WeChat pelo perfil Yuyuan Tantian.
Publicação menciona possível “backdoor” de hardware
O texto do Yuyuan Tantian sustenta que os semicondutores podem executar funções de “desligamento remoto” por meio de um suposto backdoor de hardware. Segundo o perfil, isso permitiria contornar mecanismos tradicionais de autenticação e controle.
“Quando um tipo de chip não é ecologicamente correto nem avançado nem seguro, como consumidores, certamente temos a opção de não comprá-lo”, concluiu a mensagem.
Perguntas de reguladores chineses sobre os chips H20
As críticas se intensificam após o órgão regulador do ciberespaço na China convocar a Nvidia em 31 de julho. Na ocasião, a empresa foi questionada sobre possíveis riscos de segurança em relação aos H20, desenvolvidos especificamente para o mercado chinês.
A autoridade solicitou explicações formais sobre a existência de um backdoor, mecanismo oculto capaz de permitir acesso externo ou controle remoto. A reunião reuniu representantes da fabricante norte-americana e técnicos do governo chinês.
Resposta prévia da Nvidia
Depois do encontro, a Nvidia declarou que seus produtos não contêm backdoors. A companhia norte-americana não comentou imediatamente a nova publicação do Yuyuan Tantian.
Contexto das restrições comerciais
Desenvolvimento dos chips H20 para contornar sanções
Os H20 foram criados no fim de 2023, após o governo dos Estados Unidos impor limitações à exportação de chips de inteligência artificial de alto desempenho para a China. O projeto buscou atender às exigências das restrições, mantendo desempenho competitivo no mercado local.
Em abril deste ano, a administração do então presidente Donald Trump proibiu a venda dos H20 para clientes chineses, alegando preocupações de segurança nacional. A proibição foi revertida em julho, mas a incerteza regulatória permanece.
Repercussão em veículos estatais chineses
Além da publicação do Yuyuan Tantian, o People’s Daily, jornal oficial do Partido Comunista, já havia cobrado da Nvidia “provas de segurança convincentes” no início de agosto. O veículo afirmou que apenas evidências técnicas claras poderiam dissipar dúvidas de consumidores e autoridades.
A sequência de críticas sugere um aumento da pressão sobre fornecedores estrangeiros para demonstrarem conformidade com requisitos locais de segurança e transparência.

Imagem: uol.com.br
Por que a segurança dos chips ganhou destaque
Quem está envolvido
As partes centrais na controvérsia são: a Nvidia, desenvolvedora dos chips; o órgão de vigilância do ciberespaço da China, responsável por supervisionar tecnologias críticas; e veículos de comunicação alinhados ao Estado chinês, que amplificam as preocupações.
O que está em discussão
O debate se concentra na possibilidade de os H20 conterem mecanismos ocultos que possam ser explorados para controlar ou interromper sistemas que utilizem os chips. Além disso, questiona-se se os semicondutores oferecem eficiência energética adequada ou avanços suficientes para justificar sua adoção.
Quando e onde
As dúvidas foram formalizadas em 31 de julho durante a reunião entre a Nvidia e a autoridade chinesa em Pequim. As novas críticas foram divulgadas publicamente no domingo, também a partir da capital chinesa.
Como as preocupações são levantadas
O governo chinês utiliza convocações oficiais e comentários em veículos estatais para registrar questionamentos técnicos. A estratégia combina pressão regulatória direta e comunicação pública para influenciar a percepção do mercado.
Por que isso importa
A segurança dos chips é estratégica para o desenvolvimento de aplicações de inteligência artificial e computação de alto desempenho na China. Caso persistam dúvidas, empresas locais podem migrar para fornecedores internos, afetando a participação da Nvidia em um mercado que representa parte significativa de sua receita global.
Próximos passos
A Nvidia deverá decidir se divulgará novas informações técnicas ou testes independentes para responder às críticas. O governo chinês, por sua vez, pode impor exigências adicionais ou recomendar a adoção de alternativas nacionais caso considere insatisfatórias as explicações oferecidas.
Apesar da reversão da proibição norte-americana em julho, a trajetória dos H20 na China continua incerta. Fatores geopolíticos, regulatórios e comerciais moldarão o futuro dos chips da Nvidia no maior mercado mundial de tecnologia.
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