Dinossauros no interior de São Paulo: nova pesquisa detalha impacto de doença óssea
Um estudo recente indica que condições ambientais específicas do interior paulista contribuíram para a disseminação de uma infecção grave entre dinossauros saurópodes há cerca de 80 milhões de anos. A investigação, conduzida por pesquisadores que analisaram fósseis encontrados no município de Ibirá, identificou sinais claros de osteomielite em seis exemplares.
Quem participou da descoberta sobre os dinossauros
A pesquisa foi liderada por uma equipe que inclui Tito Aureliano, da Universidade Regional do Cariri (URCA). O grupo examinou fósseis coletados em escavações realizadas em Ibirá, cidade localizada a aproximadamente 420 quilômetros da capital paulista.
O que foi identificado nos fósseis
Os paleontólogos detectaram lesões compatíveis com osteomielite — infecção que atinge a medula e o osso — em vértebras e costelas de seis animais. Esses saurópodes, popularmente conhecidos como “pescoçudos”, viveram durante o período Cretáceo, por volta de 80 milhões de anos atrás.
Segundo os pesquisadores, a presença de lesões semelhantes em diferentes indivíduos sugere que a doença se espalhou entre os animais, possivelmente contribuindo para um declínio populacional local.
Quando ocorreu a disseminação da osteomielite nos dinossauros
A análise estratigráfica dos sedimentos que continham os fósseis confirma que os saurópodes afetados habitaram a região durante o Cretáceo Superior. Esse intervalo temporal coincide com mudanças climáticas regionais que transformaram o ambiente em campos abertos e áridos, aumentando a vulnerabilidade dos animais a infecções.
Onde os restos fósseis foram encontrados
O material estudado provém de afloramentos da Formação Marília, em Ibirá. A área faz parte do chamado Cinturão Bauru, um conjunto de rochas sedimentares que preserva um dos mais importantes registros de vertebrados da América do Sul.
Como os pesquisadores confirmaram a doença osteomielite
A equipe realizou tomografias computadorizadas e análises microscópicas para avaliar a estrutura interna dos ossos. As imagens revelaram cavidades irregulares e tecido ósseo reativo — sinais clássicos de infecção crônica. Essa abordagem permitiu descartar fraturas traumáticas ou processos de fossilização como causa das anomalias.
Por que o ambiente favoreceu a propagação da infecção
De acordo com o estudo, a escassez de água durante períodos prolongados de seca teria concentrado grupos de saurópodes em fontes hídricas limitadas. A aglomeração desses animais facilitou o contato direto e a transmissão de patógenos. Além disso, feridas provocadas por disputas ou parasitas atuariam como porta de entrada para bactérias, agravando os quadros de osteomielite.

Imagem: olhardigital.com.br
Impacto da doença nos dinossauros do interior paulista
Embora a osteomielite não seja necessariamente fatal em todos os casos, a infecção comprometeu a locomoção dos saurópodes afetados, limitando sua capacidade de encontrar alimento e água. Com indivíduos debilitados, a população local ficou mais suscetível a predadores e a eventos climáticos extremos, contribuindo para a redução numérica dos gigantes pré-históricos na região.
Relevância do estudo para a paleontologia brasileira
A identificação de osteomielite em múltiplos fósseis de Ibirá amplia o conhecimento sobre a saúde dos dinossauros no Brasil e reforça a importância do interior de São Paulo como área-chave para a pesquisa paleontológica. A descoberta também destaca o papel das condições ambientais na história evolutiva dos vertebrados.
Próximos passos da investigação
Os pesquisadores pretendem comparar os fósseis de Ibirá com amostras de outras localidades do Cretáceo brasileiro. O objetivo é determinar se surtos semelhantes de osteomielite ocorreram em diferentes ecossistemas ou se o fenômeno foi restrito à região estudada.
Recorte temporal e científico do achado
Os saurópodes analisados viveram no final do reinado dos dinossauros, cerca de 15 milhões de anos antes da grande extinção no final do Cretáceo. O episódio registrado em Ibirá demonstra que enfermidades locais, influenciadas por fatores ambientais, já afetavam seriamente as populações muito antes do evento global que marcaria o fim da Era Mesozoica.
Declaração de Tito Aureliano
Em entrevista ao Olhar Digital News, Tito Aureliano destacou que “estudar patologias em dinossauros permite compreender não apenas a biologia desses animais, mas também os desafios impostos pelo ambiente em que viveram”. Segundo o pesquisador, esses dados “ajudam a reconstruir as interações entre clima, ecologia e evolução no passado”.
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